A experiência é aquilo pelo qual um
sujeito é colocado em contato com um objeto. Ela possui dois polos: um
é o objetivo; outro é o subjetivo. Por um lado, há o encontro experiencial,
original com o objeto. De outra parte, há a interpretação desse encontro pelo
sujeito. A experiência recebe sempre um significado da parte de quem a faz.
Essa interpretação é condicionada pelas experiências anteriores do sujeito.
As coisas são assim porque a experiência é
um modo de se chegar ao conhecimento dos objetos. Esse conhecimento, por sua
vez, influencia a maneira como as experiências posteriores são decifradas pelo
sujeito.
Não se trata, porém, de um conhecimento
especulativo ou intelectual. A experiência é algo vital, que se sofre na
própria carne. Trata-se, pois, de conhecer por dentro, partindo da relação
direta com as coisas. E, com isso, se aprende.
Há experiências de vários tipos:
desportivas, estéticas, políticas, sociais, etc. Uma delas é a experiência do
sagrado. A experiência do sagrado é aquilo pelo que o sujeito pressente que,
para além do sensível e do utilitário, há outra ordem de coisas. Essa ordem
ultrapassa, envolve e confere uma significação misteriosa ao mundo em que se
vive. A experiência do sagrado é uma condição necessária para a experiência de
“religar-se”. Não se identifica esta última porque se situa aquém da referência
a um Amor pessoal.
A experiência religiosa, por seu turno, consiste no sentimento de integrar-se totalmente no Amor (Deus é amor). Faz uma experiência “religiosa” o homem que reconhece brotar do Amor a totalidade do seu ser, a sua existência, a norma das suas ações, o sentido e o fim do seu destino. O “lugar”, por assim dizer, do reconhecimento dessa dependência é a oração, diálogo entre o “eu” humano e o “tu” divino.
Em teologia, há quem hesite em falar em
“experiência de Deus”.
Por causa da necessidade de respeitar a
sua transcendência. No entanto, a experiência humana de Deus é possível;
realmente, experimentamos Deus. Essa experiência, contudo, é diferente da
experiência dos objetos do mundo, pois Deus não é um objeto do mundo, mas uma
realidade que ultrapassa todos os objetos. A experiência de Deus, portanto, é
possível, embora seja uma experiência única, diferente de qualquer outra
experiência humana.
Assim nascendo dentro do ser humano as
experiências como frutos que produzem sementes de experiências para vida, e
sendo experiência de ser árvores e com suas folhas darem sombras para as pessoas que precisam de descanso
depois de uma longa caminha no sol.
Pesquisa e trabalho sobre Psicologia e EspiritualidadeTarefa:
1) Quais são as principais ideias apresentadas pelo texto?
Leia e anote em tópicos em seu caderno.
2) Responda: Para você, o que é significa a experiência religiosa? Dê um exemplo relacionado a sua vida.
3) Vejamos o que significa espiritualidade:
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