quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

O que é ser livre? (9ºano)






Todos nós, ao longo da vida, passamos por momentos especiais onde temos a oportunidade de abrimos os olhos para a urgência de acordarmos e vivermos na plenitude o significado de sermos livres. Muito poucos, porém, conseguem fazer algo a respeito disso no momento em que se deparam com questões dessa natureza. A grande maioria, por não estar acostumada a se levar a sério, inadvertidamente deixa toda essa ativação passar, esfriando por completo o princípio motivador. Como consequência, retornam às mesmices de suas vidas, que acabam levando-os de volta ao nada, a lugar nenhum.

A falta de coragem para ser livre rouba de nós mesmos as infinitas possibilidades criativas que poderíamos ser e das quais jamais saberemos se não ousarmos.

Ser livre implica no exercício de fazer as próprias escolhas. É quando ninguém mais pode escolher por nós. Ser livre é aprender a lidar com os próprios acertos e erros sem precisar responsabilizar ninguém. Isso é ser literalmente livre e muito pouca gente sabe lidar com isso.

Por outro lado, quando se conquista a liberdade, um novo desenho de vida começa a ser esboçado e um ônus é cobrado. Por mais incrível que possa parecer, a vida em movimento passa a ter um preço na medida em que se começa a ter ideias e ideais independentes do pensamento comum de onde sempre se existiu. De repente, tudo o que antes era sedutor, deixa drasticamente de ser, o véu cai e não há mais interesse, ou mesmo necessidade, de se fazer parte da manada.

Ser livre é se experimentar de modo responsável, independente do olhar crítico e julgador do outro. Quando se chega nesse ponto, não existe mais cegueira. Você acordou de vez e muitas coisas que antes aparentemente lhe faziam sentido, agora já não importam mais. Você está seguro de si mesmo e incorruptível, pois já não há mais caminho de volta. Não mais existem prisões que possam prendê-la.
Nessa etapa, existe o risco de que pessoa que conquistou a própria liberdade possa ser vista como diferente, não fazendo parte. Mas que diferença faria isso agora?

Muitas vezes a conduta dos grupos é a de extirpar o diferente, o que não combina, o que não adere e, portanto, não compactua.

Quem é livre, por onde passa, apenas pela condição de estar mais acordado, passa a ser aquele que, mesmo sem querer, denuncia o aprisionamento da maioria das pessoas, com sua simples presença, sem o véu que costuma entorpecer.

Para ser livre, é necessário trabalhar profundamente a independência em todas as áreas da vida. Se quiser estar com alguém, por exemplo, será por escolha consciente, jamais por necessidade.
Existem pessoas que nunca conseguem ficar sozinhas com elas mesmas. Na tentativa de burlar a sensação do vazio, da solidão e de um possível encontro com o interior, vivem plugados na internet, nas redes sociais ou no que seja, buscando a ilusão da aceitação e apoio do outro. Poucas são as pessoas que ousam entrar em contato com essas dificuldades; a maioria sequer concebe que pode dar conta de amadurecer nesse sentido. Vivem de aparências, driblando um verdadeiro inferno interior, quando por fora fazem o jogo do contente fingindo estar tudo bem. Como resultado, costumam agir de modo impulsivo e desenfreado totalmente ativados por suas angústias, sem se saberem.
Para ser livre de verdade e no sentido exato da palavra, o grande quesito é você se permitir acionar a força motriz do interior para fora. É lembrar-se de que, ao virmos para a Terra, aceitamos corrigir inúmeras facetas em nome de continuarmos com os nossos desenvolvimentos. Escolhemos isso e ninguém disse que seria uma tarefa fácil.

Grande parte de nós veio para essa aventura terrena com a proposta de acordar cada vez mais, embora não se recorde desse contrato evolutivo.

Todos nós, se quisermos, podemos ativar e honrar as nossas sagradas missões. E a principal delas é a de se fazer feliz. Portanto, seja gentil consigo mesmo desenvolvendo-se na sua autoconsciência que gera a liberdade e o universo lhe agradecerá.

De nada valerá a sua vida se você não souber vivê-la de modo pleno. Há muita coisa boa para se viver! Lembre-se constantemente de priorizar o seu estar bem.

Fonte: Portal de autoconhecimento e espiritualidade Somos todos um

1) Após a leitura do texto, anotar trechos que mostram o que significa ser livre.
2) Escreva resumidamente o que você entendeu sobre o conceito de liberdade apresentado no texto.
3) Em que a liberdade interfere na vida do ser humano?


VÍDEO: SER HUMANO É INCRÍVEL

segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

A Experiência Religiosa (8ºano)




A experiência é aquilo pelo qual um sujeito é colocado em contato com um objeto. Ela possui dois polos: um é o objetivo; outro é o subjetivo. Por um lado, há o encontro experiencial, original com o objeto. De outra parte, há a interpretação desse encontro pelo sujeito. A experiência recebe sempre um significado da parte de quem a faz. Essa interpretação é condicionada pelas experiências anteriores do sujeito.

As coisas são assim porque a experiência é um modo de se chegar ao conhecimento dos objetos. Esse conhecimento, por sua vez, influencia a maneira como as experiências posteriores são decifradas pelo sujeito.

Não se trata, porém, de um conhecimento especulativo ou intelectual. A experiência é algo vital, que se sofre na própria carne. Trata-se, pois, de conhecer por dentro, partindo da relação direta com as coisas. E, com isso, se aprende.

Há experiências de vários tipos: desportivas, estéticas, políticas, sociais, etc. Uma delas é a experiência do sagrado. A experiência do sagrado é aquilo pelo que o sujeito pressente que, para além do sensível e do utilitário, há outra ordem de coisas. Essa ordem ultrapassa, envolve e confere uma significação misteriosa ao mundo em que se vive. A experiência do sagrado é uma condição necessária para a experiência de “religar-se”. Não se identifica esta última porque se situa aquém da referência a um Amor pessoal.

A experiência religiosa, por seu turno, consiste no sentimento de integrar-se totalmente no Amor (Deus é amor). Faz uma experiência “religiosa” o homem que reconhece brotar do Amor a totalidade do seu ser, a sua existência, a norma das suas ações, o sentido e o fim do seu destino. O “lugar”, por assim dizer, do reconhecimento dessa dependência é a oração, diálogo entre o “eu” humano e o “tu” divino.

Em teologia, há quem hesite em falar em “experiência de Deus”.

Por causa da necessidade de respeitar a sua transcendência. No entanto, a experiência humana de Deus é possível; realmente, experimentamos Deus. Essa experiência, contudo, é diferente da experiência dos objetos do mundo, pois Deus não é um objeto do mundo, mas uma realidade que ultrapassa todos os objetos. A experiência de Deus, portanto, é possível, embora seja uma experiência única, diferente de qualquer outra experiência humana.


Assim nascendo dentro do ser humano as experiências como frutos que produzem sementes de experiências para vida, e sendo experiência de ser árvores e com suas folhas darem sombras para as pessoas que precisam de descanso depois de uma longa caminha no sol.

Pesquisa e trabalho sobre Psicologia e Espiritualidade
Pe. GézaKovëczes, SJ (1921-1967) como precursor da atualização dos Exercícios Espirituais no Brasil. Revista Do-minicana de Teologia, n. 3(julho/dezembro, 2006)

Tarefa: 

1) Quais são as principais ideias apresentadas pelo texto?
Leia e anote em tópicos em seu caderno.

2) Responda: Para você, o que é significa a experiência religiosa? Dê um exemplo relacionado a sua vida.

3) Vejamos o que significa espiritualidade: