segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

A Experiência Religiosa (8ºano)




A experiência é aquilo pelo qual um sujeito é colocado em contato com um objeto. Ela possui dois polos: um é o objetivo; outro é o subjetivo. Por um lado, há o encontro experiencial, original com o objeto. De outra parte, há a interpretação desse encontro pelo sujeito. A experiência recebe sempre um significado da parte de quem a faz. Essa interpretação é condicionada pelas experiências anteriores do sujeito.

As coisas são assim porque a experiência é um modo de se chegar ao conhecimento dos objetos. Esse conhecimento, por sua vez, influencia a maneira como as experiências posteriores são decifradas pelo sujeito.

Não se trata, porém, de um conhecimento especulativo ou intelectual. A experiência é algo vital, que se sofre na própria carne. Trata-se, pois, de conhecer por dentro, partindo da relação direta com as coisas. E, com isso, se aprende.

Há experiências de vários tipos: desportivas, estéticas, políticas, sociais, etc. Uma delas é a experiência do sagrado. A experiência do sagrado é aquilo pelo que o sujeito pressente que, para além do sensível e do utilitário, há outra ordem de coisas. Essa ordem ultrapassa, envolve e confere uma significação misteriosa ao mundo em que se vive. A experiência do sagrado é uma condição necessária para a experiência de “religar-se”. Não se identifica esta última porque se situa aquém da referência a um Amor pessoal.

A experiência religiosa, por seu turno, consiste no sentimento de integrar-se totalmente no Amor (Deus é amor). Faz uma experiência “religiosa” o homem que reconhece brotar do Amor a totalidade do seu ser, a sua existência, a norma das suas ações, o sentido e o fim do seu destino. O “lugar”, por assim dizer, do reconhecimento dessa dependência é a oração, diálogo entre o “eu” humano e o “tu” divino.

Em teologia, há quem hesite em falar em “experiência de Deus”.

Por causa da necessidade de respeitar a sua transcendência. No entanto, a experiência humana de Deus é possível; realmente, experimentamos Deus. Essa experiência, contudo, é diferente da experiência dos objetos do mundo, pois Deus não é um objeto do mundo, mas uma realidade que ultrapassa todos os objetos. A experiência de Deus, portanto, é possível, embora seja uma experiência única, diferente de qualquer outra experiência humana.


Assim nascendo dentro do ser humano as experiências como frutos que produzem sementes de experiências para vida, e sendo experiência de ser árvores e com suas folhas darem sombras para as pessoas que precisam de descanso depois de uma longa caminha no sol.

Pesquisa e trabalho sobre Psicologia e Espiritualidade
Pe. GézaKovëczes, SJ (1921-1967) como precursor da atualização dos Exercícios Espirituais no Brasil. Revista Do-minicana de Teologia, n. 3(julho/dezembro, 2006)

Tarefa: 

1) Quais são as principais ideias apresentadas pelo texto?
Leia e anote em tópicos em seu caderno.

2) Responda: Para você, o que é significa a experiência religiosa? Dê um exemplo relacionado a sua vida.

3) Vejamos o que significa espiritualidade:



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